REINALDO LOPEZ VIDAURRE
( La Paz – Bolívia )
( 1917 – 1973 )
Poeta, músico e pintor.
Diretor da Academia de Belas Artes e do Conservatório de Música de La Paz. Ele foi premiado repetidamente.
Vilela e Guarachi referem-se ao artista: "Pintor decorativo. Ele prefere a arte bizantina, ele também é neo-realista".
Luis Felipe Vilela registra isso em 1955 em sua faceta literária: "Um ritmo musical e romance dá brilho e plasticidade aos seus poemas. Uma de suas características é o sentimento vernacular. Sua obra está contida em Fuga e La Senda Perdida".
O verso intitulado 'La índia', diz: "Pele de Damasco pela luz transfixada; / compêndio da linha voluptuosa, / você encerra o enigma da vida / como a chama generosa no calor. / Filha do Sol, trêmula Vestal, / ninguém diria para te ver modesto / mais suave que a pomba tímida, / que você foi o berço da minha raça!"
LIVROS
Poesia: Fuga (1941); O caminho perdido (1947); Imagens fantásticas (1968).
Biografia: https://elias--blanco-blogspot-com.translate.goog/
TEXTOS EM ESPAÑOL – TEXTOS EM PORTUGUÊS
BEDREGAL, Yolanda. Antología de la poesía boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977. 627 p. 13,5x19 cm Ex. bibl. Antonio Miranda
LOS SAPOS
De la escarpada catedral al borde,
como canónigos en un verde coro,
los sapos con sus ojos, ónix y oro,
cantan una salmodía tetracorde.
Bordonas tienen su tenaz acorde
que gorgoritan em compás sonoro,
mientras devuelve el líquido tesoro
las notas en la voz de su desborde.
Las aguas cubren entre sus reflejos,
los cuerpos que semejan jades viejos.
sobre el pedrón de líquenes teñido,
y al recibir el seno esmeraldino
la flecha de su salto repentino,
vibran las ondas como un gran latido.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda
OS SAPOS
Na beira da escarpada catedral,
como cônegos em um verde coro,
os sapos com seus olhos, ônix e ouro,
cantam uma salmodia tetra-acorde.
Bordões têm seu tenaz acorde
que gorgulham em compasso sonoro,
enquanto devolve o líquido tesouro
as notas na voz de seu desborde.
As águas cobrem entre seus reflexos,
os corpos que parecem jades convexos.
sobre a pedra de fungo colorido,
e ao receber o seio esmeraldino
a flecha de seu salto repentino,
vibram as ondas como um grande latido.
*
VEJA e LEIA outros poetas de Bolívia em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html
Página publicada em setembro de 2022
|